domingo, 21 de agosto de 2011

Massa Atômica, Estudo dos gases e Estequiometria!

Massa Atômica

O padrão que serve para medir a massa atômica de um elemento em consideração o carbono 12.

Qual a massa atômica de um átomo de cálcio?


Resolução: 1 átomo de Ca = 40. Unidade  = 40u

Se o elemento quimico possuir isótopos ( mesmo nº de prótons), então a massa atômica será calculada tirando a média entre seus isótopos.

Ex: Cl 35 --> 75,4% (abundância) e 34,969 (massa atômica)
      Cl 37 --> 24,6% (abundância) e 36,966 (massa atômica)


Massa atômica = 74,5 x 34,969 + 24,6 x 36,966 / 100

mais ou menos  35,460u do cloro.

  • Massa Molecular (MM ou PM):

É a massa da molécula medida em unidade de massa atômica.

-multiplica o nº de átomos pela massa.

Ex: H2SO4

H= 1
S = 32
0 = 16

2x1 + 1x 32 + 4x 16 = 2 + 32 + 64 = 98u

  • Mol:

É a quantidade de matérias de uma reação que contém tantas entidades elementares quantos átomos existem.

Ex:
1 duzia = 12 objetos
1 milheiro = 1000
1 mol = 6,02 x 10²³ (Avogrado) = entidades/átomos/moléculas/íons/elétrons


1 mol de moléculas contém 6,02 x 10²³ moléculas
1 mol de átomos contém 6,02 x 10²³ átomos
1 mol de elétrons contém 6,02 x 10²³ elétrons
1 de íons contém 6,02 x 10²³ íons

Exemplos!


1- Quantos mols correspondem a 88g de CO2. Dados: C=12 e O=16.

MM CO2 = 12 + 16x2 = 44u---> 44g

X (mols) ________________ 88g CO2
1 mol     ________________ 44g

44x = 80
x = 80/44 = 2 mols de CO2

2 - Quantos mols correspondem a 100g de Ca? (Ca = 40)

X (mols) _______________ 100g
1 mol _________________  40g Ca

40x = 100
x = 100/40 = 2,5 mols de Ca

3- Quantos átomos existem em 3,5 mols de O2? (O= 16)

X átomos _____________- 3,5 mols de O2
6,02x10²³ atm _________ 1 mol de O2

X= 21,07x 10²³ átomos de O2.

4 - Quantas moléculas existem em 4,5g de CaCO3? (Ca= 40, C=12 e O=16)

X (moléculas) _______________ 4,5g de CaCO3
6,02 x 10²³ __________________ 100g de CACO3


100x = 6,02 x 10²³ . 4,5
x = 27, 05x10²³/100
x= 0, 27 x 10²³

Video!


Estudo dos Gases


É muito importante estudar os gases, pois eles estão sempre presentes no nosso dia a dia. Exemplos: CO2, NH3 e SO2.
11-      O estado gasoso:
·         Os gases tem massa;
·         Ocupam todo o volume do recipiente que os contém;
·         Gases sempre se misturam entre si;
·         O volume dos gases varia muito com a pressão e com a temperatura.

22-      O volume dos gases:

O volume de um gás pode ser medido  com o volume do recipiente que o contém. A unidade padrão de volume é o metro cúbico (m3). No estudo dos gases, os volumes também são medidos em litros (l), mililitros (mL), em centímetros cúbicos (Cm3), etc. Relembrando:

1 m3 à 1000 L à 1000000 ml (Cm3)
1L à 1000 mL à 1000 Cm3
1 mL à 1 cm3

33-      A pressão dos gases:

A pressão  dos gases resulta dos choques de suas partículas contra as paredes do recipiente que os contém.

As equivalências entre as unidades de pressão são:

1 atm (atmosfera) à 76 cmHg (centímetro de mercúrio) à 760 mmHg (milímetros de mercúrio) à 760 torr (Torricelli).
1 mmHg à 1 torr
1 mmHg à 133,322 Pa (pascal) ou (N/m2).

44-      A temperatura dos gases:


Temperatura é uma grandeza que mede o grau de agitação das partículas (átomos ou moléculas), que constituem um corpo. No caso dos gases, a temperatura depende da velocidade das moléculas que os constituem.  A temperatura pode ser medida em várias escalas termométricas. No Brasil é usada a escala Celsius (°C). Nos EUA é usada a escala Fahrenheit (°F). Em trabalhos científicos, usa-se a escala absoluta ou Kelvin (K).

  


Transformar graus Celsius (Ɵ), em Kelvin (T): T = Ɵ + 273

15-      Leis físicas dos gases:

a)      Lei de Boyle – Mariotte (transformação isotérmica):



Sob temperatura constante , o volume ocupado por determinada massa gasosa é inversamente proporcional à sua pressão.

P1V1 = P2V2

Gráfico:



b)      Lei de Gay – Lussac (transformação isobárica):


Aumentando a temperatura do gás, seu volume também aumenta. Sob pressão constante, o volume ocupado por determinada massa gasosa é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta.

V1/T1 = V2T2

Gráfico:



c)       Lei de Charles (transformação isométrica)



Exemplo prático: pneus de carros aumentam de pressão em dias muito quente

Sob volume constantes, a pressão exercida por uma determinada massa gasosa é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta.

P1/T1 = P2T2

26-      Condições normais de pressão e temperatura (CNPT):

Pressão à 1 atm à 760 mmHg
Temperatura à 0° C à 273 K

37-      Gás Perfeito e Gás Real:

Gás perfeito: seria o gás que obedeceria as leis físicas e fórmulas estudadas em quaisquer condições de pressão e temperatura. Na prática, esse gás não existe.
Gás Real: são os gases comuns, que sempre se afastam do comportamento de um gás perfeito.

8-      Leis químicas dos gases:

a)      Leis volumétricas de Gay – Lussac: quando medidas nas mesmas condições de P e T, os volumes dos reagentes e dos produtos formam  proporção constante, de números inteiros e pequenos.

Hidrogênio + cloro -------> Gás clorídrico
15L               + 15L    ------->    30 L

b)      Lei de Avogrado: volumes iguais de gases quaisquer, quando medidos à mesma pressão e temperatura, encerram com o mesmo número de moléculas.

9-     Volume Molar:

Volume Molar (Vm) dos gases é o volume ocupado por 1 mol de quaisquer, em determinadas condições de pressão e temperatura. No CNPT, o volume molar é 22,4 L/mol.

10-      Equação de Clapeyron:

PV = nRT

Só se aplica nos gases perfeitos.

Onde:

P = pressão do gás;
V = volume do gás;
n = quantidade do gás em mols (n = m/M);
M = massa molar do gás;
R = constante universal dos gases perfeitos ( 0,082);
T = Temperatura do gás em kelvin.

11-      Misturas gasosas:



Se os gases são perfeitos e não reagem entre si, a mistura se comportará como se fosse um gás único.

a)      Relação entre os gases iniciais e a mistura final: se não houver perda de gases na mistura final, a quantidade total de mols é a soma das quantidades de mols de todos os gases iniciais. ∑n = n1 + n2 + n3 + ... ni

Mistura Final: PV= (∑n)RT e PV/T = P1V1/T1 + P2V2/T2+ ...+PiVi/Ti

b)      Situação dentro da mistura final:

A pressão parcial de um gás em uma mistura gasosa é a pressão que esse gás exerceria se estivesse sozinho, ocupando o volume total da mistura e na mesma temperatura que a mistura se encontra. Segundo a Lei de Dalton, a pressão de total de uma mistura gasosa é a soma das pressões parciais de todos os gases componentes da mistura.

P= p1 + p2 + p3 + ... pi ou P = ∑p

Já o volume parcial de um gás é o volume que ele irá ocupar sozinho e sendo submetido à pressão total e a temperatura da mistura.

V= v1 +V2 + V3 + ... Vi ou V= ∑v

12-      Massa Molar aparente de uma mistura gasosa:

Para um gás: M = m/n
Para a mistura gasosa: Map = mtotal/∑n

Podemos dizer também, que a massa molar aparente é a média ponderada das massas molares dos gases componentes da mistura.

Ex: Temos em volume aproximadamente 18% de N2, 21% de O2 e 1% de Ar. Massa atômica: N= 14, O = 16, Ar = 40. Logo:

Map = 78.28 + 21.32 + 1.40/100 = 28,96u

13-      Densidade dos gases:



Os balões de festas juninas e os balões de competição sobem porque a densidade do ar quente no interior do balão é menor que a do ar externo.

a)      Densidade absoluta: ou massa específica de um gás, em determinada pressão e temperatura, é o quociente entre a massa e o volume do gás.

d= m/V

Obs: em geral a densidade absoluta é expressa em gramas/litros (g/L). Ela depende da pressão e da temperatura em que o gás se encontra. Podemos calcular a densidade absoluta em qualquer pressão e temperatura, com o auxílio da Equação de Clapeyron.

d= PM/RT

b)      Densidade relativa: a densidade relativa do gás 1 em relação ao gás 2 é o quociente entre as densidades absolutas de 1 e de 2, ambas nas mesmas condições de pressão e temperatura.

δ1,2 = d1/d2

Por ser apenas um número puro, não tem unidade. Quando V1 = V2, teremos:

δ1,2 = m1/m2

Considerando a massa molar e o volume molar dos gases:

δ1,2 = M1/M2 ou d1/d2 = M1/M2

14 – Difusão e Efusão dos gases:

Quando dois ou mais gases se misturam rapidamente, dando sempre origem a uma mistura homogênea, o fenômeno ocorrido é chamado de difusão gasosa.

A efusão de gases é o ‘vazamento’ dos gases através de pequenos orifícios. Thomas Graham enunciou que em condições idênticas, as velocidades de efusão de dois gases são inversamente proporcionais às raízes quadradas de suas densidades absolutas.

V1/V2 =  raíz de d2/d1.

Cálculo Estequiométrico (Estequiometria)


Tanto no dia a dia preparando alimentos quanto em laboratórios ou Indústrias químicas, é importante calcular as quantidades das substâncias que são utilizadas nas reações químicas. O Cálculo Estequiométrico ou Estequiometria é o cálculo das quantidades de reagentes e/ou produtos das reações químicas feito com base na lei das reações e executadas em geral, com o auxílio das equações químicas correspondentes.
Para resolver problemas envolvendo cálculo estequiométrico mais rapidamente, é importante seguir algumas regras:

 Escreva a equação química mencionada no problema;
·         Balancear ou acertar os coeficientes dessa equação;
·         Estabeleça uma regra de três com os dados.

11-      Casos gerais de cálculo estequiométrico:

a)      Quando o dado e a pergunta são expressos em massa:

Ex: calcule a massa do óxido cúprico obtido a partir de 2,54g de cobre metálico (massas atômicas: O=16, Cu= 63,5).

2Cu + O2 -------> 2CuO
2 mols de Cu produzem 2 mols de CuO

2x63,5g ____________________ 2x79,5g
2,54g    _____________________ X

X = 2,54x2x79,5/2x63,5
X = 3,18g de CuO

b)      Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em volume (ou vice versa).

Ex: Calcule o volume de gás carbônico obtido nas condições normais de pressão e temperatura, por calcinação de 200g de carbonato de cálcio (massa atômicas: C=12, O=16, Ca = 40).

                  Δ
CaCO3 ------------> CaO + CO2
1 mol de CaCO3 produz 1 mol de CO2

100g _________________ 22,4 L (CNPT)
200g _________________ Vo
 Vo = 44,8 L de CO2 (CNPT).

c)      Quando o dado e a pergunta são expressos em volume:

Ex: um volume de 15 L de hidrogênio, medido a 15°C e 720 mmHg, reage completamente com o cloro. Qual é o volume de gás clorídrico produzido na mesma temperatura é pressão?

H2(g) + Cl2(g) -------> 2HCl(g)
1 volume de H2 produz 2 volumes de HCl

1 L  _____________ 2 L
15 L ____________ V

V = 30 L de HCl

d) Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em mols ( ou vice versa).

Ex: quantos mols de ácido clorídrico são necessários para produzir 23,4 gramas de cloreto de sódio? (massas atômicas: Na = 23, Cl = 35,5).

HCl + NaOH -----> NaCl + H2O
1 mol de HCl produz 1 mol de NaCl

1 mol ____________ 58,5g
n _______________ 23,4g

n = 0,4 mol de HCl

e)      Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em número de partículas (ou vice versa).

Ex: quantas moléculas de gás carbônico podem ser obtidos pela queima completa de 4,8g de carbono puro? (Massa atômica: C=12).

C + O2 --------------> CO2
1 mol de C produz 1 mol de CO2

12g _________ 6,02x1023 moléculas
4,8g ________ X

X = 2,4x1023 moléculas de CO2

12-      Casos particulares:

a)      Quando os reagentes são substância impuras.

Ex: 100g de calcário (amostra de material impuro). 90g de CaCO3 é a parte ‘pura’ que nos interessa e 10g são as impurezas, que não será usado.

Grau de impureza (p) é o quociente entre a massa da substância pura em relação a massa total da amostra.

100% de calcário _________ 100%
90g de CaCO3 puro _______ p

P = 100p

(UFRN) uma amostra de calcita, contendo 80% de carbonato de cálcio sofre decomposição quando submetido a aquecimento, segundo a equação abaixo:
               Δ
CaCO3 ---------> CaO + CO2

Qual a massa de óxido de cálcio obtido a partir da queima de 800g de calcita?

100g de calcita __________ 80g de CaCO3
800g de calcita __________ X

X = 640g de CaCO3 puro

Note que apenas essa massa (640g de CaCO3 puro) que irá participar da reação. Assim, teremos o  seguinte cálculo estequiométrico:

100g ________ 56g
640g ________ Y

Y= 358,4g de CaO.

b)      Quando os reagentes são misturas:

1° - quando a composição da mistura do reagente é dada:

Uma mistura formada por 5 mols de flúor e 10 mols de cloro reage completamente com o hidrogênio. Qual é a massa total dos produtos formados? (massas atômicas: H=1, F=19, Cl = 35,5).

·         Cálculo para o flúor:

H2 + F2 ---------> 2HF


1 mol ___________ 2x20g
5 mol ___________ X

X = 200g de HF

·         Cálculo para o cloro:

H2 + Cl2 --------> 2HCl

1 mol ________ 2x36,5g
10 mol _______ Y

Y = 730g de HCl
A massa total dos produtos (mtotal), formados será, portanto, mtotal =200g de HF + 730g de HCl --> mtotal = 930g.

2º - quando a composição da mistura reagente não e conhecida – pelo contrário, constitui a pergunta do problema.

Ex: uma massa de 24g de uma mistura de H2 e CO queima completamente, produzindo 112g de produtos finais. Pode-se calcular as massas H2 e CO existentes na mistura inicial (massas atômicas: H=1, C=12, O=16).
2H2 + O2 -----------> 2H2O
2CO + O2 -------------> 2CO2
·         Para o H2 temos:
2H2 + O2 -----------> 2H2O

2x2g _____________ 2x18g
X      _____________ Y

Y= 9X

·         Para o CO, temos:
2CO + O2 -------------> 2CO2

2x28g _________ 2x44g
(24 –X)g _______ (112 –y)g

44x – 28y = - 2080

Temos, portanto, um sistema algébrico de duas equações e duas incógnitas que resolvendo, vamos ter:


X= 10g de H2
Y = 14g de CO



  





2 comentários:

  1. Thanks!!! Tenho prova de Quimica hj e o conteudo exposto aqui me ajudara a retirar alguma duvida q reste... Valeu!! :)

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